sexta-feira, 1 de maio de 2009

Associação Nacional de Afásicos

Objectivos
A ANA definiu desde o início um conjunto de permissas que no seu conjunto dão forma a esta instituição.Divulgar a Afasia, melhorar a qualidade de vida do afásico, aumentar a participação social, fornecer informação, aconselhamento e promover as actividades terapêuticas e de formação são alguns dos objectivos a que nos propomos.


O que oferecemos:
- Terapia da Fala em Grupo
- Terapia Individual
- Terapia da Fala ao domícilio
- Grupo de Teatro
- Grupo de Entre-ajuda
- Cursos de Informática
- Recreafásicos
- Revista "Conversas de Afásicos"
- Sessões de Psicologia
- Colónia de Férias fechada
- Festejos de datas importantes: Natal, Carnaval, Páscoa, Aniversários dos utentes, Santos populares e S. Martinho...
- Concursos e outras participações
- Workshop´s / Sessões de Esclarecimento
- Apoio Jurídico
- Projecto "Voluntafásicos"
- Apoio Psicossocial


Quando foi criada a ANA
A Associação Nacional de Afásicos (ANA) foi constituida no dia 26 de Outubro de 1989, como instituição particular de solidariedade social e reconhecida como pessoa colectiva de utilidade pública - D.R. nº 33 da III série de 8/2/90



O que é a Afasia
A afasia pode ser definida como uma perturbação da linguagem adquirida causada por uma lesão neurológica. Esta perturbação afecta a capacidade da pessoa entender o que está a ser dito e expressar os pensamentos em palavras, podendo afectar todas as modalidades da linguagem, como fala, compreensão, gestos, escrita, leitura e cálculos.


Causas
A afasia decorre de uma lesão neurológica que surge em geral abruptamente.


Tipos de afasia
Podemos classificar a afasia como expressiva e receptiva, conforme dificuldades na expressão (fala) ou recepção (compreensão). Quando a recepção e emissão estão comprometidas em grau equivalente, temos os quadros mistos.


Consequências
Na comunicação, psicológicas, no comportamento, na autonomia, familiar, social , profissional e financeira...


Tratamento
O princípio básico da reabilitação da fala é auxiliar o afásico a utilizar funcionalmente e ampliar todas as suas capacidades comunicativas residuais.


Testemunho

“A família foi o melhor que tive!”
Dina, há nove anos atrás, era uma mulher em harmonia com a vida : lutadora, dinâmica, empreendedora... feliz na sua terra Natal, com a família e os amigos... tinha um bom emprego, praticava natação e basquetebol, chegando mesmo a ser campeã, desta modalidade, razão que a fez aparecer nas páginas dos jornais, da época.
Subitamente, foi tomada por dores de cabeça insuportáveis.
“Talvez seja do stress, da agitação, do familiar doente...?!...” – Associava.
Mas, dia após dia, noite após noite... não era natural tal persistência, que a impedia de levar uma vida normal!
Foi a um médico, que lhe recomendaram. E não fosse a Dina referir a sua incapacidade de visão nos quadrantes externos, o médico não lhe teria prescrito exames de despiste e diagnóstico, que vieram a revelar um Meningioma congénito.
A cirurgia era a única solução viável. O tumor foi, parcialmente, extraído.
O pós-operatório, tomou-a de surpresa: sentiu algo de diferente em si... não se conseguia fazer entender... para ela tudo tinha o mesmo nome: “papel”... sabia para que serviam as coisas, mas não o nome que tinham.
A Dina fora tomada por uma afasia.
A angústia de se sentir diferente, transformou-a. A certeza de uma nova cirurgia... levou-a a isolar-se de tudo... sentia-se desesperada, impotente, distante de si mesma... até mesmo, incapaz de se imaginar de exercer uma profissão...
A afasia impedia-a de poder usufruir dos prazeres da leitura, da escrita, do convívio com as pessoas, dos passeios... que eram a sua maior paixão.
Os sonhos afastavam-se dela como as palavras e a família se aproximavam cada vez mais, transmitindo-lhe amor, força, confiança e esperança. “A família foi o melhor, que tive!” – refere.
Mas, apesar disso, as palavras continuavam a traí-la, quando colocava questões ou dava respostas sem nexo.
A força, que a caracterizava, não se esvaiu... com este apoio e amor incondicionais conseguiu, aos poucos, sair de casa e frequentar actividades adaptáveis à sua perturbação... trabalhos em vitral, pintura, porcelana, arraiolos (...)
A necessidade de trabalhar impôs-se à sua limitação... aos seus sonhos...
Depois de um percurso profissional atribulado, apenas há um ano atrás, Dina, concretizou o tão almejado sonho, na área em que se licenciou.
Neste momento, Dina sente-se realizada.

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